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Titulo do CD: “Jorge Ferreira – Pela Terra e Pelo Mar”

Titulo dacanção: “Desgarrada Jorge Ferreira e Nelinho da Capela”

Letra  

Nelinho 1
Boa noite a todo povo, boa noite multidão
Boa noite a velho e novo, e a todos que aqui estão
E a todos que aqui estão, passem uma noite porreira
E agora saúde então, o amigo Jorge Ferreira

J.F. 2
Também vos quero saudar, nesta noite calma e bela
E um abraço quero dar, ao Nelinho da capela
Ao Nelinho da Capela com quem hoje vou cantar
Maroto não traz piéla p’ra se poder aguentar 

Nelinho 3
Já cantas Jorge já cantas, já cantas e rapidinho
Vais levar tantas e tantas, do teu amigo Nelinho
Por isso quero cantar, e levar tudo isto a fim
Que é para bem me pagar, do mal que falas de mim

J.F. 4
Nelinho não tenhas pressa, não venhas depressa a fugir
Porque quem anda depressa, depressa pode cair
E tu melhor que ninguém, á pressa um dia caíste
E até te magoaste bem, ficaste um ano tão triste 

Nelinho 5
Mas já ando devagar, e com muito mais juízo
Agora é sempre a apalpar, qualquer lugar em que eu piso
As vezes de cabeça torta, lá vou mas sempre a apalpar
Eu até apalpo a porta, de casa antes de entrar

J.F. 6
Ainda bem já tens juízo, dentro desse cabeção
Vai palpando o que é preciso, outras coisas isso não
Em tudo o que já apalpaste, pergunto agora eu então
Se algum dia te enganaste, com o que sentiste na mão 

Nelinho 7
Há uma há cada uma, que tem a graça que tem
Vou te contar só a ti, mas não digas a ninguém
Um dia apalpava á toa, mas aprendi a lição
Pensando ser fruta boa, mas era um maricão 

J.F. 8
Manel tu andas sem jeito, com a cabeça no ár
Não sabias o efeito, que isto podia dar
Ninguém no Mundo é perfeito, e tu tiveste azar
Bem feito Manel bem feito, quem te mandou apalpar

Nelinho 9
É bem feito sim senhor, foi engano tive azar
Apalpei fiquei sem cor, nem ár para respirar
Era tão linda de cara, fazia tanta meiguice
Peitada boa e tão rara, e em baixo como já disse 

J.F. 10
Não contas nunca a ninguém, isso que passou contigo
P’ra não andares ao desdem, se não vai ser um castigo
Vou te dar um concelhinho, por não te querer ver mal
Não bebas mais desse vinho, p’ra não caíres noutra igual   

Nelinho 11
Lá vens com teu concelhinho, eu faço o que me apetece
Não tem nada a ver com vinho, são coisas que acontece
Na vida há coisas assim e esta foi a valer
O prato coube-me a mim e eu o comi sem qu’rer 

J.F. 12
Com tudo o que aqui ouvi, na minha opinião
Manel agora já vi, nunca mais queres salpicão
Adeus Manel vou embora, adorei este pedaço
E a todos cá nesta hora, deixo aqui o meu abraço